Praça da Luz onde se localiza a Pinacoteca.
Maquete da Pinacoteca.
"Fonte das Nanas" Niki de Saint Phalle - escultura chafariz em poliéster pintado a mão 1974-1991.
Obra de Nicolas-Antoine Taunay que foi um dos artistas que vieram ao Brasil em 1816, durante a estada da família real portuguesa no país, para a chamada Missão Artística Francesa, projeto que consistia em ensinar artes plásticas no Rio de Janeiro. Taunay.
Obra da arte japonesa em exposição temporária. Sala das esculturas com obras de Victor Brecheret e Rafael Galvez entre outros, é um espaço imperdível.
Saudade - Óleo sobre tela 1899, Almeida Júnior (1850-1899).
Sala das telas em óleo - exposição permanente.
Mas é em 1895, quando dirigida pelo engenheiro ramos de Azevedo, que a escola conhece uma reforma mais ampla, com a inclusão das "artes e ofícios", de acordo com o plano do engenheiro de criar as bases de uma futura Escola de Belas Artes de São Paulo. Nessa fase também se inicia a construção de um novo edifício para servir de sede à instituição, parcialmente concluído em 1900, quando começam a funcionar alguns cursos de instrução primária e artística. O prédio, projetado por Ramos de Azevedo e Domiciano Rossi, seu principal colaborador, tem estilo monumental em forte consonância com os princípios do neo-renascentismo italiano.
Em 14 de novembro de 1905, com o apoio do poeta e mecenas Freitas Valle, do político Sampaio Vianna, do engenheiro Adolpho Pinto, e do próprio Ramos de Azevedo, é inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o primeiro museu de artes plásticas da capital paulista.
No segmento referente ao século XIX, certamente o núcleo mais consistente e importante da instituição, é possível entrar em contato com a maior coleção de obras de Almeida Júnior. Entre paisagens, retratos e cenas de interior, sobressaem as célebres obras Caipira Picando Fumo, Saudade e Leitura. As naturezas-mortas de Pedro Alexandrino ocupam uma sala inteira, onde se destacam Cozinha na Roça, Peru Depenado e Aspargos. Há ainda paisagens de Antônio Parreiras e Benedito Calixto, como a Baía de São Vicente; pinturas históricas e cenas de gênero de Oscar Pereira da Silva (Hora de Música e Infância de Giotto), retratos de Bertha Worms e Henrique Bernardelli, a tela Maternidade, de Eliseu Visconti, obras de Castagneto, João Batista da Costa e Pedro Weingärtner, entre muitos outros. A coleção tem especial importância ainda pelo destacado número obras de pintores acadêmicos paulistas.
A despeito de sua ênfase na arte acadêmica, o acervo conta com diversas obras de artistas modernistas, como Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Anita Malfatti, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Túlio Mugnaini. Ao longo do século XX, incorporou também obras abstracionistas de distintas extrações - Waldemar Cordeiro, Samson Flexor, Arcângelo Ianelli -, além de trabalhos contemporâneos, como os de Nuno Ramos, Paulo Monteiro e Paulo Pasta.
Complementam a coleção um significativo núcleo de pinturas oitocentistas européias e de esculturas francesas, com destaque para o conjunto de nove bronzes de Auguste Rodin (Torso da Sombra, Bacanal, Gênio do Repouso Eterno) e outras obras de Aristide Maillol, Medardo Rosso, Antoine Bourdelle e Niki de Saint Phalle.
Recentemente, o museu recebeu em regime de comodato uma importante doação: a coleção José e Paulina Nemirovsky. Trata-se de uma das mais importantes coleções de arte moderna brasileira, reunindo obras-primas de alguns dos mais destacados artistas nacionais, como Tarsila do Amaral (cinco telas, entre elas Antropofagia), Anita Malfatti, Victor Brecheret, Lasar Segall, Ismael Nery, Flávio de Carvalho e Vicente do Rego Monteiro. A coleção pode ser vista em exposição permanente na Estação Pinacoteca.
O museu também é depositário da Coleção Brasiliana da Fundação Estudar. São aproximadamente trezentas peças de brasiliana (estudos científicos, artísticos e etnográficos feitos por artistas estrangeiros), produzidas a partir do século XVII, que podem ser vistas em exposições rotativas na Pinacoteca. Em virtude das comemorações do centenário da imigração japonesa, a Pinacoteca do Estado exibiu recorte de seu acervo até 27/7, com obras de artistas como Manabu Mabe (1924 - 1997), Flávio Shiró e Tomie Ohtake cujas obras abrangem gravuras, pinturas, esculturas, muitas delas expostas em locais públicos, principalmente em São Paulo. Visitar a Pinacoteca é um excelente programa. O horário de funcionamento é de terça à domingo das 10:00 às 18:00 horas, e o ingresso custa R$ 4,00. Professores e estudantes da rede pública não pagam. A Pinacoteca está localizada na Praça da Luz, 2 Jardim da Luz (Estação da Luz).